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CAMINHO DO CATETE (1982)
catete
em língua de índio
quer dizer
mato fechado
mas o branco foi chegando
e fazendo o seu roçado
e o que era tronco de pé
passou a tronco deitado
e de verde foi a seco
falquejado e recortado
em viga e barrote e caibro
a sustentar o telhado
e o assoalho de quem
era ali acomodado
tempos depois a madeira
voltou mas em outro estado
sob as formas da mobília
que se vendia fiado
depois foi o casario
por sua vez derrubado
para dar lugar ao trem
que tem seu trilho enterrado
e de “metrô” é chamado
Geir Campos, Caminho do Catete (Cantos do Rio: roteiro lírico do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RIOARTES/Civilização Brasileira, 1982.)
Caminho do Catete (1982): Exposições
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